O amor como premissa
















Foto: © Cesarr Terrio




Prometi ir até o fim, então eu vou. Mas por favor, não me faça ir sozinho. O único mapa que tenho, só serve para dois. Eu preciso de companhia, preciso sim. Costumo me perder muito pelo caminho, e, pode ser que eu siga por onde não faz sentido. Eu preciso de sentido, preciso de você. Não se incomode em levar nada, em duas horas podemos fazer de tudo. Guardei alguns sorrisos especialmente para você. Sei que você gosta disso. Que gosta também de alguma música doce e que um abraço sempre vai bem. Quando você não aparece, sobra tanta falta. Ausência, sabe? Saudade. Eu sempre sinto saudade de você. Geralmente guardo meu coração no bolso, não há sentido de continuar gastando-o sem você. Fico pensando no seu olhar tímido, no seu cabelo displicente, no quanto queria que você estivesse agora nos meus braços. Ah! não, não posso viver sem isso. Vamos juntos, eu e você, por onde for bonito. E por favor, não me deixe aqui sozinho. Cadê você, meu amor?




"Tu te tornas eternamente responsável por tudo aquilo que cativas"
(Antòine de Saint-Exupéry)

12 comentários:

Unknown disse...

Ah! A saudade... Ah, a vontade de estar sempre junto de quem se ama.
Então você se apega às lembranças... Não deixa escapar um traço sequer, nem mesmo aqueles momentos em que o silêncio permanece por você estar tão encantado que não consegue achar um assunto que tenha nexo.
"Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contemplar. Ele pensa: 'minha flor está lá, em algum lugar'"
(Antòine de Saint Exupéry)

- Livro fascinante, frases encantadoras. Assim como este teu texto tão bem trabalhado...
Um abraço!

http://docetortura.blogspot.com

Julyana ツ disse...

A saudade nos leva a lugares que as vezes nem imaginávamos existir...
Amo os seus textos e nem vou mencionar os contos, pois os adoro, mais nesse texto em especial você se superou.

O Pequeno Principe é uma lição de vida e responde também como meu livro favorito ;)





;*

Rafaelle Benevides disse...

que lindo, cris... tão inspirador.. bjss

Rafaelle Benevides disse...

que lindo, cris... tão inspirador.. bjss

Julyana ツ disse...

Obrigada pelos votos de melhora ;)
Esse texto foi uma forma que eu encontrei de expressar meus sentimentos a respeito do meu próprio corpo e de sua batalha pela melhora. Embora seja um tema pouco abordado eu sempre volto meu olhar para esse ângulo também por fazer um técnico em enfermagem, o que me faz ver mais das pessoas por seu lado suscetível as ameaças externas...

E é claro que eu aceitei seu selo *---*
Na verdade eu o adorei e fiquei muito feliz quando você disse que eu o merecia!
Assim como você mais que merece o que eu criei e encontra-se na mesma página, espero que goste!




;*

Rodolpho Padovani disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rodolpho Padovani disse...

E que esse amor te encontre logo, te dê as mãos e vcs possam caminhar por todos os caminhos, até as pernas doerem, hehe...

Abraços.

PS: te mandei um email sobre a franquia.

Pontos de Ligação disse...

Me vi por inteira neste seu texto.
A propósito, minha ultima ´postagem fala exatamente sobre o mesmo tema.Somos humanos, precisamos de sentido... precisamos de amor! Precisamos dos braços que nos afague e nos diga que está tudo bem. Precisamos de companhia de sorrisos e sentimentos...
Lindo texto, Cristiano!

Letícia

Ju Fuzetto disse...

E quantos sorrisos deixei que o vento levasse para longe.

ah, tão bonito. Tuas palavras tocam o céu em forma de poesia.

Bom final de semana. beijo

e Parabéns pelo blog!

Guilherme Augusto Codignolle Souza disse...

Um mapa para dois me levou a imaginar...
Muito bom mesmo. ^^
Sempre gosto mt do que leio aqui.

Ja avisando, coloquei seu Blog na lista dos sites que recomendo. Mais do que obvio o pq. xD

Meu Blog a quem quiser visitar:

http://codignolle.blogspot.com

Meu Twitter a quem tiver:

http://twitter.com/guicodignolle

o/

lídia martins disse...

Queria te acariciar com um escrito, teu texto de busca me lembrou este que dediquei a um amor:







Indecisa. Achei que tivesse virado um fantasma nas últimas semanas. Tinha medo de fechar os olhos e não te encontrar mais. Passei a noite em claro acendendo e apagando a luz do abajur, vendo a caneta se virar de um lado para o outro com simulada displicência. Sobre a escrivaninha, uma fila de rabiscos que dobravam os quarteirões, tentando decifrar um fio de voz que parecia vindo de uma cisterna abissal. Como é difícil calar a voz de dentro. Mas não consigo me arrepender das decisões que tomei em relação ao amor. Elas me levaram até você. Às vezes fico tateando o escuro, à procura de palavras que se derramam pelos cantos da boca como uma nascente de cobre líquido. Não existem. Tenho medo de me calar e as palavras acabarem morrendo em meus lábios, esfarinhando-se em sopros de sombra inclinados. Há paixões que honram quem as inspira. Quando voltar, a gente podia se ver no mar. Naquele tom azul celeste que você tanto gosta. Mergulho no passado, recordando-me do naufrágio de nossas vidas. Nado contra a maré, que me leva insistentemente para o lugar onde havíamos estado. Naquele mesmo mar de esperanças que refluem dia após dia, afastando-nos do ponto final. O coração é a única coisa que nos une. Cada batida é uma martelada surda que lança nos ares uma poeira reluzente de lapidação de esmeraldas. E para onde quer que eu vá o pó colorido das boas lembranças que conservo de nós dois, rebrilha. Vou indo, amor. Preciso terminar a sua estátua. Não quero acordar amanhã e pensar em você como se nunca tivesse existido. Vou imortalizá-lo em mim para que nada mais possa nos separar. Esta ausência é só um pesadelo amor, vou estar aqui quando você acordar. Tem dias, que meus olhos escurecem como se não tivessem fundo. Dói. Mas recobro a serenidade e descubro que dor é a única certeza de que este amor ainda está vivo. E nós, só estamos aqui para possibilitar.



A chuva voltou a cair esta tarde...


É que nos olhos de quem ama, chove sim. Mas depois estia devagar.

Espero que encontre que procura, poeta.


Te abraço.
Me abraças.

Italo Stauffenberg disse...

Muito bom esse conto!

Gosto de encontrar blogueiros bons na arte de escrever como vc!

Parabéns mesmo!

Seguindo-te.

http://manuscritoperdido.blogspot.com