Ontem estava tão frio e eu caminhava na rua vazia acompanhando semanticamente o silêncio da noite. Eu não tinha especificamente o que fazer, apenas ir para casa, breve, ao caminho que seguia. O céu estava acobertado pelas nuvens cinzas que andam hospedadas sobre Aracaju. Assim como antes de ontem, e antes de antes de ontem, e antes de antes de antes de ontem, quando minha memória pode recordar. O céu é cinza, dia e noite. Tempo ermo perfeito em melancolia. Assim como minha vida, e inerentemente, assim como eu. Enfim, depois de uma análise profunda a respeito do céu, cheguei em casa. Olhei mais uma vez, e não vi estrelas. Eu sabia que não iria achá-las através das volumosas nuvens cinzas mas, mesmo assim, tentei. Acontece, que ando não achando estrelas no céu e nem em mim. Sem Cruzeiro do Sul, não há direção, não há caminho, nem destino. Exceto o caminho de casa, o único que sempre soube fazer. Felizmente o sol hoje irradiou definitivamente como nunca mais houve feito. E o céu cinza reformou-se naquele azul-todo-dia. Ah, o céu limpo e meu pesar também! Sem dúvidas guardarei o sol no bolso, como ferramenta. Não, por enquanto não mais frio, não mais escuro, não mais perdido. Começo, hoje, o novo rumo de minha vida.
5 comentários:
Oi menino bonito..rs
Que belo momento de poesia!
Que cinza seja somente os dias necessários para ver além... "naquele azul-todo-dia".
Lindo!
Beijo meu
Muito bom, adorei seus textos!
beiijo,
*.*
Mas você escreve bem demais,,,é incrível...o SOL está dentro da gente...assim como a CHUVA e as ESTRELAS...
Depende de nosso espírito...
Você é mesmo uma graça, menino lindo!
beijos em sua linda jornada!
Bia
menino bonito, texto bonito, blog bonito, rs...
Cristiano:
o sol continua continua a brilhar.
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